Garantir segurança em procedimentos cirúrgicos envolve mais do que habilidades técnicas durante a operação. Para pacientes que apresentam comorbidades, como a hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, respiratórios ou renais, a atuação de médicos anestesistas é essencial para reduzir os riscos e favorecer resultados mais positivos.
Conforme a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), e seguindo a Resolução nº 1.802/2006 do Conselho Federal de Medicina, a avaliação pré-anestésica, exceto em casos de emergência, é obrigatória para conhecer previamente as condições de saúde do paciente.
Esse processo, realizado apenas pelo médico anestesiologista, possibilita mapear o histórico de saúde, identificar e otimizar o controle de doenças pré-existentes, escolher a técnica anestésica mais segura e prever possíveis complicações. “Cada paciente tem um perfil clínico único, e no caso de quem apresenta comorbidades, é fundamental que a anestesia seja planejada com base em uma análise cuidadosa de exames, histórico e necessidades específicas. Essa atenção é um dos pilares para evitar complicações no período pós-operatório”, afirma Tassio Pontes, presidente da Cooperativa de Médicos Anestesistas do Tocantins – Coopanest Tocantins.
Além da avaliação prévia, o anestesiologista acompanha o paciente durante todo o ato cirúrgico. Essa supervisão constante é fundamentada em diretrizes do Conselho Federal de Medicina e nos protocolos estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, sendo o único especialista que possui a responsabilidade legal de monitorar continuamente, as reações do corpo em relação ao procedimento, assegurando que funções essenciais como respiração, pressão arterial, batimento cardíaco e níveis de oxigenação permaneçam em valores seguros para a segurança do paciente.
A Coopanest Tocantins incentiva a capacitação e a atualização científica dos anestesiologistas por meio de cursos, congressos e treinamentos. O presidente Tassio Pontes, entende que a segurança cirúrgica começa pelo preparo do profissional. “A melhoria constante não é apenas uma escolha, é uma responsabilidade. O conhecimento que renovamos todos os dias se traduz em mais segurança para o paciente, principalmente os que possuem comorbidades”, completa.